No mês de Abril, e a propósito de alguns artigos de opinião que partiram da mesma temática numa revista que estive ainda agora a ler, fiquei com vontade de partilhar uma ideia sobre a liberdade de expressão e, ainda, sobre os novos paradigmas do significado que imprimimos à linguagem que utilizamos.
É verdade que a liberdade de expressão nos permite tirar muito mais partido da nossa língua, e até ajudar a inventá-la, com novos usos, costumes e significados. Contribuímos, todos os dias, com o que dizemos e escrevemos para aumentar significativamente os nossos dicionários. Introduzimos, inclusivamente, novas palavras no vocabulário português, que aportuguesámos ou que criámos, enquanto convenção social - ou de língua.
O mesmo se passa com a apropriação do espaço público de comentário através das redes sociais, onde os filtros a que antigamente estávamos habituados a recorrer se redefinem ou desaparecem, em muitos casos, por completo. Usamos as nossas páginas pessoais como se de uma publicação de uma revista ou jornal se tratassem, onde podemos esgrimir todos os argumentos que nos pareçam possíveis, sem direito ao contraditório e com um manancial de seguidores que concordam connosco (graças aos algoritmos com que, por exemplo, o Facebook funciona).