segunda-feira, maio 18, 2015

Dia Um

Se tivesse comentado com alguém que ia criar um blog para partilhar o que me vem à cabeça sobre os meus dias, diriam que estava desactualizada.

Se já tenho facebook, uma conta no twitter que nunca uso e uma conta bloqueada no instagram, para que precisaria de um blog? A não ser que fosse um blog especialista em alguma coisa (ou se fosse o ano 2000), tinha a ideia justificada.

Mas como nenhuma das duas opções acima mencionadas são válidas, explico-me. Partilho muitas coisas no facebook. Algumas com interesse e outras sem relevância absolutamente nenhuma - como a maior parte das pessoas, estou em crer. No entanto, no facebook eu sou eu. E quando escrevo sei - embora com alguma margem para erro - para quem o faço. Estão lá os nomes e as fotografias para o provar. E partilhamos todos, ainda, o facto de termos muito pouca paciência para ler muito no facebook.

O admissível é um comentário engraçado ou a legenda da fotografia ou do vídeo ou do GIF (sim, eu sou das adeptas dos GIFs) ou do artigo que partilhámos. Uma ou outra opinião mais desenvolvida dentro do universo de quem quer partilhar opiniões. Mas não mais do que isto.


O que estou a escrever agora, por exemplo, deve ser provavelmente contra a lei do facebook. Antes, a partir de uma quantidade razoável de caracteres, o facebook automaticamente criava uma "nota" em vez de um "post". Agora acho que não - ainda bem que as leis mudam naquela rede social.

E aqui chego, ao cerne da questão: um blog não é uma rede social. É um sítio na internet. Pessoal, claro. Partilhável, lógico. Mas é o que se assemelha mais a um livro, ou a um diário. À moda antiga.

Daí estar a escrever-vos hoje. Prefiro a sensação de estar a escrever para qualquer pessoa e para ninguém ao mesmo tempo. E ainda o conselho de uma querida professora de português do secundário quando nos encontrámos na rua aqui há uns meses: "Não deixes de escrever. Não podes parar de escrever". Com toda a razão que mo disse.

Portanto, para me obrigar a escrever e para reforçar os meus novos padrões de auto-disciplina (à frente nos dias com certeza vou referir-me a isto), cá me apresento. ("Mas já tiveste pelo menos dois e deixaste de escrever". Certo. Às vezes precisamos de começar de novo algumas coisas para as levar para a frente - e entretanto esquecemo-nos das passwords e para as recuperar tínhamos que conseguir lembrar-nos daquele email que nunca mais abrimos, como no instagram, e é uma chatice!!).

Sejam bem-vindos. Ah, e um alerta: este blog é e será escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

E leva Um pela iniciativa.


1 comentário:

De um a zero?