Já vos aconteceu ter sempre saudades de tudo o que já passou e achar que o dia-a-dia é uma seca? Pois bem-vindos à minha sensação nostálgica. Desde de pequena que vivo agarrada aos momentos. Lembro-me de ir de férias e ficar com saudades de casa, e estar quase a voltar já com saudades das férias.
Sempre foi um sentimento chato; mas começou a ser mais difícil de gerir a partir do momento em que tudo passou a ser passível de nostalgia e saudade. Não só a empanada de atum que me sabia melhor que a vida no restaurante da Eva em Sanxenxo, ou as brincadeiras com os meus pais.
Passei a ser profundamente marcada pela sensação de estar constantemente a perder coisas pelo caminho. Em especial e mais fundamental do todas: um bocadinho de mim em cada ano, em cada mês, em cada momento que pudesse ter um título próprio.
terça-feira, maio 26, 2015
quinta-feira, maio 21, 2015
Das conversas públicas
Quem me acompanha no facebook sabe que um dos meus assuntos preferidos para partilha são as minhas experiências nos transportes públicos colectivos. Mais especificamente - e porque são os únicos que utilizo numa base diária - os transportes urbanos de Braga.
Ora hoje lembrei-me que, dado que tinha começado um blog, convinha não o enterrar logo após o primeiro sinal de vida. Assim sendo, pensei ainda dentro do autocarro que me leva até às costas da minha casa (certo, tenho uma paragem que consigo ver pela janela do quarto - o que mesmo assim não me impede de volta e meia perder a carreira por míseros minutos) que hoje devia partilhar convosco a conversa que ouvi enquanto ainda aguardava na paragem (situada, ao contrário da minha, no que todos os que vivem pelo menos a 2 minutos do centro chamam de "a cidade").
O que começou por ser uma conversa que parecia inofensiva e que partiu de um comentário de uma das senhoras habituais no autocarro das oito, que notava que uma outra vinha mais tarde do que o habitual, terminou com as minhas veias a tentarem escapulir-se pela pele do meu pescoço.
Ora hoje lembrei-me que, dado que tinha começado um blog, convinha não o enterrar logo após o primeiro sinal de vida. Assim sendo, pensei ainda dentro do autocarro que me leva até às costas da minha casa (certo, tenho uma paragem que consigo ver pela janela do quarto - o que mesmo assim não me impede de volta e meia perder a carreira por míseros minutos) que hoje devia partilhar convosco a conversa que ouvi enquanto ainda aguardava na paragem (situada, ao contrário da minha, no que todos os que vivem pelo menos a 2 minutos do centro chamam de "a cidade").
O que começou por ser uma conversa que parecia inofensiva e que partiu de um comentário de uma das senhoras habituais no autocarro das oito, que notava que uma outra vinha mais tarde do que o habitual, terminou com as minhas veias a tentarem escapulir-se pela pele do meu pescoço.
segunda-feira, maio 18, 2015
Dia Um
Se tivesse comentado com alguém que ia criar um blog para partilhar o que me vem à cabeça sobre os meus dias, diriam que estava desactualizada.
Se já tenho facebook, uma conta no twitter que nunca uso e uma conta bloqueada no instagram, para que precisaria de um blog? A não ser que fosse um blog especialista em alguma coisa (ou se fosse o ano 2000), tinha a ideia justificada.
Mas como nenhuma das duas opções acima mencionadas são válidas, explico-me. Partilho muitas coisas no facebook. Algumas com interesse e outras sem relevância absolutamente nenhuma - como a maior parte das pessoas, estou em crer. No entanto, no facebook eu sou eu. E quando escrevo sei - embora com alguma margem para erro - para quem o faço. Estão lá os nomes e as fotografias para o provar. E partilhamos todos, ainda, o facto de termos muito pouca paciência para ler muito no facebook.
O admissível é um comentário engraçado ou a legenda da fotografia ou do vídeo ou do GIF (sim, eu sou das adeptas dos GIFs) ou do artigo que partilhámos. Uma ou outra opinião mais desenvolvida dentro do universo de quem quer partilhar opiniões. Mas não mais do que isto.
Se já tenho facebook, uma conta no twitter que nunca uso e uma conta bloqueada no instagram, para que precisaria de um blog? A não ser que fosse um blog especialista em alguma coisa (ou se fosse o ano 2000), tinha a ideia justificada.
Mas como nenhuma das duas opções acima mencionadas são válidas, explico-me. Partilho muitas coisas no facebook. Algumas com interesse e outras sem relevância absolutamente nenhuma - como a maior parte das pessoas, estou em crer. No entanto, no facebook eu sou eu. E quando escrevo sei - embora com alguma margem para erro - para quem o faço. Estão lá os nomes e as fotografias para o provar. E partilhamos todos, ainda, o facto de termos muito pouca paciência para ler muito no facebook.
O admissível é um comentário engraçado ou a legenda da fotografia ou do vídeo ou do GIF (sim, eu sou das adeptas dos GIFs) ou do artigo que partilhámos. Uma ou outra opinião mais desenvolvida dentro do universo de quem quer partilhar opiniões. Mas não mais do que isto.
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