Desde cedo percebemos como funciona o modelo familiar e quem é a nossa família. Na escola, desenhamos muitas vezes a nossa casa: nós, os nossos pais, o cão, o piriquito, e quem sabe o brinquedo favorito (isto para os que desde pequenos demonstram talento para as artes plásticas, claro - o que não foi o meu caso).
Chama-se a isto o núcleo familiar, como sabem. Depois há o resto da família, que pode ou não ser fácil de compreender. Como, durante a minha infância, ia todos os verões à aldeia que viu o meu pai nascer, e lá todos são "tios" e "primos", a família do meu pai tinha a dimensão daquela terra. A da minha mãe era mais circunscrita, embora haja familiares no Fundão, pelo que continuava a não haver um limite que pudesse esclarecer quem era sangue do meu sangue e quem não era.
Com o tempo, clarificamos estas margens, o que não quer necessariamente dizer que o sangue mais próximo signifique família mais próxima. Por outro lado, nasce em nós a curiosidade de perceber quem são os nossos antepassados e os antepassados deles, e sentimos um laço indestrutível entre nós e essa gente que existiu um dia e que nunca poderíamos ter chegado a conhecer.
terça-feira, maio 31, 2016
sexta-feira, maio 13, 2016
Sexta 13 de boa sorte
Não é todos os dias, neste país habituado a más notícias vindas dos seus governos ou do seu Parlamento , que nos surpreendemos. Não é todas as sextas-feiras 13 que o assunto que mais nos marca não são os festejos em Montalegre - aos quais, por infortúnio da vida, ainda não consegui ir!!!
Hoje, na Assembleia da República, foi aprovada a lei de alteração à Procriação Medicamente Assistida (PMA) no que à sua abrangência diz respeito. Ao contrário do que acontecia até aqui, este procedimento passa a estar disponível para todas as mulheres, independentemente do seu estado civil ou orientação sexual. Acabam os limites para uma opção que só era possível para mulheres heterossexuais, casadas ou em união de facto há pelo menos dois anos e inférteis.
Hoje, na Assembleia da República, foi aprovada a lei de alteração à Procriação Medicamente Assistida (PMA) no que à sua abrangência diz respeito. Ao contrário do que acontecia até aqui, este procedimento passa a estar disponível para todas as mulheres, independentemente do seu estado civil ou orientação sexual. Acabam os limites para uma opção que só era possível para mulheres heterossexuais, casadas ou em união de facto há pelo menos dois anos e inférteis.
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