Fez ontem 81 anos. Mas faz nove anos que comecei, sem saber, a perdê-la. Passei ontem por baixo do apartamento que, no meu coração, ainda é dela. Cada passo na Avenida da Liberdade traz-me uma nova memória. Os caracóis cheios de laca que me deixava fazer na cabeleireira sempre que ia com ela. As roupas da mala vermelha, vindas de África, nunca mais usadas: a saia preta, que me dava pelos pés, e que me fazia sentir uma cigana que viaja pelo mundo. Assim me faziam sentir as noites passadas em casa dela: a viajar pelo mundo.
As valsas que me ensinava a dançar no "quartinho", vindas do móvel que hoje descansa na minha garagem, com vinil em cima e cassetes por baixo. As tunas, em castelhano. Esta música, "Silencio", do Ibrahim Ferrer, cantada por uma tuna de Santiago de Compostela, numa gravação em cassete que ela guardava. Acho que a fazia sentir-se em casa. E hoje, ao ouvi-la, faz-me sentir a mim. Em casa dela.
terça-feira, outubro 27, 2015
segunda-feira, outubro 12, 2015
A Pausa é um direito
Claro que tinha que arranjar uma boa desculpa para não cumprir nada do que me propus a fazer. Zero de disciplina (quanto a isso posso adiantar já o valor na escala deste assunto!). Mas, a meu favor, tenho uma dura e longa campanha eleitoral às costas.
Se da última vez que vos escrevi vos dava nota de escrever uma ou outra nota de imprensa (passe a repetição), posso agora confirmar que foram centenas desde Julho até ao início deste mês. Para além das centenas de visitas a hospitais, escolas, associações desportivas e agrícolas, produções de vinho e de leite, feiras semanais, feiras do gado e da terra e de artesanato, mercados...E entretanto não consigo nomear mais nenhuma área em específico porque a minha cabeça dá um nó sempre que o tento fazer. Claro que não faltaram empresas - com muitos ou poucos trabalhadores a sair e a entrar, outras que encerraram portas com salários em atraso.
Se da última vez que vos escrevi vos dava nota de escrever uma ou outra nota de imprensa (passe a repetição), posso agora confirmar que foram centenas desde Julho até ao início deste mês. Para além das centenas de visitas a hospitais, escolas, associações desportivas e agrícolas, produções de vinho e de leite, feiras semanais, feiras do gado e da terra e de artesanato, mercados...E entretanto não consigo nomear mais nenhuma área em específico porque a minha cabeça dá um nó sempre que o tento fazer. Claro que não faltaram empresas - com muitos ou poucos trabalhadores a sair e a entrar, outras que encerraram portas com salários em atraso.
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